Novo recorde de casos ativos
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Robson Valverde/SES -
Levantamento da Secretaria de Saúde aponta terceiro dia consecutivo de recorde de casos de Covid-19 ativos em Santa Catarina
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Santa Catarina possui 21.536 casos ativos de Covid-19, maior número desde o início da pandemia. Este é o terceiro dia consecutivo em que o Estado atinge o recorde de doentes.
Em relação ao último boletim, são 4,6 mil novos casos confirmados. No total, o Estado já registrou 311,3 mil confirmações da doença. A região mais atingida é a Grande Florianópolis (67,9 mil), seguida pelo Sul (50,2 mil) e pelo Planalto Norte e Nordeste.
De ontem para hoje foram 21 novos óbitos pela doença. Ao todo, Santa Catarina já teve 3.405 mortes por Covid. A cidade com maior número de óbitos é Joinville (374), seguida por Florianópolis (203) e Itajaí (185).
Outro número que vem preocupando é o aumento da ocupação de leitos de UTI. Em relação a ontem, este percentual passou de 77,4% para 78,4%. Atualmente são 435 pessoas internadas por Covid em Santa Catarina.
Esse aumento na ocupação acontece ao mesmo tempo em que se diminui a quantidade de leitos. O número de unidades SUS disponíveis na rede estadual e filantrópica encolheu quase 10% entre setembro e novembro. O percentual representa a desativação de 151 leitos de UTI em cerca de 60 dias.
Segundo os hospitais, o problema está no financiamento do serviço. "Essa é uma preocupação muito grave, mas nós temos outra preocupação muito grave que nossos hospitais estão há mais de cem dias sem receber pelos serviços prestados de UTI Covid", disse o diretor-executivo da Associação de Hospitais do Estado de SC (Ahesc), Adriano Ribeiro.
A SES nega que falte recursos e afirma que os pagamentos estão em dia. A pasta sinaliza que a desativação de leitos é bem maior do que 151, e poderia passar de 230. Além disso, acrescenta que está repassando o valor total conveniado aos hospitais filantrópicos, o que dará mais de R$ 270 milhões no ano.
A Secretaria diz ainda que está fazendo um levantamento de leitos desativados e que irá cobrar das unidades filantrópicas justamente porque existem recursos e a população não pode ficar desassistida.
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